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Câmpus de Palmas recebe o I Simpósio de Geotecnia Ambiental

Published: Monday, 07 November 2016 09:40 | Last Updated: Monday, 07 November 2016 16:06

Na última sexta-feira (04), ocorreu a abertura do I Simpósio de Geotecnia Ambiental e Semana Acadêmica das Engenharias Ambiental e Civil, no auditório Cuica, Universidade Federal do Tocantins (UFT). A solenidade de abertura contou com a presença do vice-reitor Luís Eduardo Bovolato; a diretora do Câmpus de Palmas, Ana Lúcia Medeiros; o superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Lucas Santos Costa; o coordenador do Curso de Engenharia Ambiental, Márcio José Catalunha; o coordenador do curso de Engenharia Civil, Felipe Marques; e a presidente da comissão organizadora do evento, Rose Mary Gondim.

Após a abertura, ocorreu a palestra "Comportamento mecânico de resíduos sólidos urbanos e aspectos de degradação relacionados", com Miriam de Fátima Carvalho Machado, da Universidade Católica de Salvador (UCSal). Na palestra, os estudantes das engenharias puderam aprender mais sobre esses resíduos. Em seguida, no Auditório do Bloco III, Hilka Monteiro Rocha (IBAMA) ministrou uma palestra com o tema: "CONAMA 420/2009" Valores de referência e o banco de dados dos acidentes registrados pelo IBAMA".

Hilka Monteiro Rocha do IBAMA durante o I Simpósio de Geotecnia Ambiental da UFT. (Foto: Lean Felipe)Hilka Monteiro Rocha do IBAMA durante o I Simpósio de Geotecnia Ambiental da UFT. (Foto: Lean Felipe)

A estudante do 9º período do curso de Engenharia Ambiental da UFT, Elisa Azevedo, conta que esse tipo de evento é importante para os profissionais e estudantes que querem aperfeiçoar seus conhecimentos acerca das formações geotécnicas ambientais. "Durante a palestra da Miriam sobre o comportamento mecânico de resíduos sólidos urbanos, pude aprender sobre esses processos, ela mostrou o caso de um vazamento de um aterro sanitário e comentou que quando não há o gerenciamento de maneira correta, podem ocorrer imprevistos", disse Elisa.

Programação contou com a presença de Estudantes e Profissionais das Engenharias (Foto: Lean Felipe)Programação contou com a presença de Estudantes e Profissionais das Engenharias (Foto: Lean Felipe)Discussões importantes a respeito dos impactos ambientais causados pelos projetos de construção civil foram apresentados nas palestras que ocorreram pela tarde. A barragem da Samarco foi tema principal da palestrante Maria Cláudia Barbosa, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Responsabilidade ambiental 
Maria Claudia falou sobre os impactos das barragens de rejeitos, principalmente sobre a ruptura. “Está se falando muito na questão da ruptura, mas existem outros impactos também, como a contaminação”.

A palestrante falou, também, de algumas possíveis causas do rompimento de uma barragem de rejeito. Como, por exemplo, o treno, que de acordo com ela não funciona bem e termina na ruptura da barragem, levando tudo o que vem pela frente, como ocorreu na barragem da Samarco em outubro do ano passado.

“Quando se tem um problema de dreno que não funciona por algum motivo que é insuficiente por alguma razão. Ele não consegue promover a drenagem ao longo do maciço, a água vai se acumulando internamente, a pressão da água vai aumentando e com isso vai diminuindo a resistência de material que chega um momento em que acaba ocorrendo a ruptura”, disse.

De acordo com o professor Bruno Rogério Lobo, coordenador do evento, no Tocantins não existe nenhuma atividade mineral que justifique as construções de rejeitos. No entanto, é importante preparar o profissional sobre temas relevantes como impactos causados pelas construções civis. “Em primeiro lugar, devemos passar essa consciência ambiental sustentável, que o engenheiro civil precisa saber da importância de destinação correta dos rejeitos e dos lixos gerados pela construção civil”, pontua.

Ainda de acordo com ele, o engenheiro civil também tem suas responsabilidades para evitar os desastres ambientais. “Já o engenheiro ambiental não trata da parte construtiva, mas vai ser justamente quem cuida das licenças, então é importante que ele entenda quais os impactos ambientais que essas obras geram, quais são os sinais de que essa obra não está adequada, como identificar uma falha possível de maneira preventiva antes de ocorrer algum desastre”, completa.

O palestrante Antônio Roberto de Oliveira destacou os impactos que uma construção de uma barragem pode causar a uma região. “O ponto positivo é que ela pode equilibrar a chuva o ano inteiro, mas o negativo é que ela impede a própria migração de peixes dentro do rio”, disse.

Além das palestras, no evento também contou com duas mesas-redondas, com os seguintes temas: Barragens de rejeitos, construtivos e operacionais e experiências; e  Experiência do engenheiro ambiental no mercado de trabalho.

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