Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência é comemorado nesta quinta-feira (21)

Hoje, 21 de setembro, é celebrado o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência. A data, instituída para promover a conscientização, inclusão e igualdade, foi escolhida em decorrência da proximidade com a primavera e o Dia da Árvore, no intento de representar o nascimento das reivindicações de cidadania e a participação plena em igualdade de condições.

A Universidade Federal do Tocantins (UFT), tem buscado desempenhar o pleno exercício da cidadania, tendo em vista a promoção de condições de acesso e permanência na Universidade oferecidos para a comunidade acadêmica, a fim de proporcionar, aos alunos com deficiência, uma vivência independente, de modo com que participem de todas as atividades universitárias.

“Hoje é um dia de reflexão. Sabemos que não basta apenas a existência de leis que tratam da temática para que ocorra, de fato, a acessibilidade para as pessoas com deficiência no Ensino Superior”, comenta Marta Virgínia Abreu, coordenadora de Acessibilidade Estudantil da UFT.

Através da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Proest), os estudantes com deficiência da UFT têm, atualmente, acesso a algumas ações específicas como o Programa de Acessibilidade e Educação Inclusiva (Paei), que concede auxílio para o custeio de despesas com deslocamento, aquisição de materiais e equipamentos especiais necessários ao desenvolvimento da aprendizagem.

Outras ações, como o Programa Incluir, tem entre seus objetivos implantar a política de educação especial com inclusão, promover ações que assegurem o acesso e a permanência de pessoas com deficiência nas instituições públicas de ensino superior e eliminar barreiras físicas, pedagógicas e de comunicação. 

“No ano passado, o recurso do Programa Incluir foi responsável pela aquisição de tecnologias assistivas para compor o setor de Assistência Estudantil nos câmpus da UFT. Neste ano, estão sendo adquiridas mais tecnologias assistivas para os câmpus de Palmas e Porto Nacional”, explica a coordenadora de Acessibilidade Estudantil da UFT.

A Proest, por meio da Coordenação de Acessibilidade Estudantil (Cae), contratou, em agosto deste ano, Cuidadores em Saúde para o atendimento de estudantes com deficiência na Universidade, com o objetivo de que realizem o deslocamento seguro e adequado desses acadêmicos; promovam os cuidados que necessitem, de acordo com as suas necessidades; e efetuem o acompanhamento em atividades acadêmicas em sala de aula e externas, inclusive visitas técnicas, estágios curriculares obrigatórios, atividades extracurriculares, atividades pedagógicas de contra turno, trabalhos de campo, palestras, cursos e eventos em geral.

A busca por mais inclusão na Universidade, no entanto, não é meta apenas da Proest e da Cae. Espaços como o Laboratório de Tecnologias Computacionais (Labtec), da UFT, vêm auxiliando no processo de ensino-aprendizagem de diversos estudantes. O laboratório imprime, por exemplo, órgãos do corpo humano em 3D para auxiliar no ensino de anatomia aos estudantes com deficiência visual - demanda solicitada pelo curso de Enfermagem da UFT.

• Confira o Sexta com Ciência da semana passada, que trata sobre os projetos desenvolvidos no Labtec.

Conheça a Coordenação de Acessibilidade Estudantil

A Coordenação de Acessibilidade Estudantil (CAE) foi criada em agosto do ano passado e atua como gestora da política de Assistência Estudantil para estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades e superdotação matriculados na UFT, apoiando o acadêmico nas suas diversas demandas e viabilizando a sua permanência e inclusão à vida universitária.

Na UFT, cerca de 478 estudantes PCDs estão matriculados em todos os câmpus, representando 0,33% da população com deficiência do estado. “Eu vivo de persistência, força de vontade e superação”, declara Nágea Paiva, a primeira acadêmica deficiente visual total a colar grau no Câmpus de Arraias, ainda em abril deste ano. Ela concluiu a graduação no curso de licenciatura em Pedagogia e apresentou, como trabalho de conclusão de curso (TCC), a sua própria história de vida: A trajetória de uma estudante cega por meio da superação de barreiras. 

“O projeto institucional de acessibilidade que a Cae está desenvolvendo ainda está nos seus primeiros passos, mas estamos buscando nos adequar para cumprir as determinações legais e auxiliar na inclusão de estudantes com deficiência matriculados na Universidade”, assegura a coordenadora de Acessibilidade Estudantil, Marta Virgínia Abreu. “Entendemos que essas ações são indispensáveis para impulsionar uma nova forma de pensar, de agir, de construir, de comunicar e de utilizar recursos públicos para garantir os direitos dos estudantes com deficiência”, arremata.