Lei de criação da UFT completa 16 anos
Neste domingo (23), completam-se 16 anos da Lei 10032/2000 de criação da Universidade Federal do Tocantins, que graças à manifestação dos estudantes da época no movimento SOS Unitins, transformou a Universidade Estadual do Tocantins, que corria risco de privatização, em UFT.
Passeata de alunos do movimento SOS Unitins (Foto: Ana Maria Negreiros)
Atualmente, a instituição oferta 64 cursos de graduação nas cidades de Araguaína, Arraias, Gurupi, Miracema, Palmas, Porto Nacional e Tocantinópolis. Desde 2003, mais de 12 mil profissionais foram graduados pela UFT, segundo dados da Pró-Reitoria de Graduação. Os cursos ofertados pela UFT atendem à formação de profissionais estratégicos para o desenvolvimento do estado: professores e profissionais de saúde, ciências agrárias, construção civil e ciências sociais aplicadas.
A reitora Isabel Auler avaliou a trajetória da UFT neste período. "Após 16 anos, o que nós temos é uma grande realidade. Uma universidade já consolidada com mais de 60 cursos, além de dezenas de mestrados e doutorados. Temos muito a comemorar este grande sonho que foi a criação da primeira universidade federal do Estado".
Acesso democrático à universidade
Outro ponto sensível a ser destacado sobre a importância da UFT é o acesso democrático ao ensino superior. Neste ano, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES) apresentou os números da pesquisa que reúne as características socioeconômicas básicas dos estudantes de graduação das universidades federais atendidos nas cinco regiões geográficas do País. O resultado revelou que 76,09% dos estudantes da região norte têm origem em famílias com renda média de 1,5 salário mínimo, perfil atendido pelo Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES).
A UFT também realiza políticas de ações afirmativas para indígenas, quilombolas e estudantes originados do ensino médio público. A instituição foi uma das primeiras universidades brasileiras a aderir ao sistema de cotas para estudantes indígenas no ano de 2004. Mais de 700 alunos originários de diversas etnias de todo o Brasil ingressaram na UFT. Desde 2013, a UFT destina a cota de 5% para estudantes de origem quilombola, e até agora cerca de 150 estudantes ingressaram nesta modalidade.
Criação da UFT
A criação da UFT ocorreu com a aprovação, no dia 23 de outubro de 2000, pelo Congresso Nacional, do Projeto de Lei Nº 3.126/2000, que autorizava o Poder Executivo a instituir a Fundação Universidade Federal do Tocantins.
As atividades da Universidade tiveram início efetivamente em 15 de maio de 2003, com a posse dos primeiros professores efetivos. Ao ser homologada, a UFT incorporou todos os mais de 5 mil alunos, 25 cursos de graduação, um mestrado, equipamentos e toda a estrutura física dos câmpus já existentes.
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