Dia dos Profissionais da Educação: uma vida de ensinar e aprender
O profissional da educação tem um dia nacional para chamar de seu. A Lei 13.054/14 instituiu no dia 06 de agosto como o Dia Nacional dos Profissionais da Educação. Essa lei foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, no dia 22 de dezembro de 2014. Na UFT, professores e técnico-administrativos são profissionais que representam esse segmento com um total de 2028 servidores.
* foto realizada antes da pandemia
Em Gurupi, a técnica de laboratório de Qualidade do Solo, Ângela Franciely Machado, tornou-se servidora após ter se formado na 1ª turma do curso de Química Ambiental do Câmpus da UFT. “Sendo bacharel em Química, trabalhei com pesquisa ao longo da graduação e tenho paixão por rotinas de laboratório. Então, trabalhar no laboratório de Qualidade do Solo e ver o desenrolar de uma análise, da sua origem mais primária até o resultado que configura conhecimento e possível solução para um problema real, é encantador”.
Em Tocantinópolis, a professora France Rodrigues Lopes está somente no Colegiado de Pedagogia. Mas já foi docente do Mestrado Profissional em Educação e diretora do Câmpus, na gestão 2014-2018. Atualmente coordena o Laboratório Centro de Memória da Educação. “Eu iniciei a carreira de educadora muito cedo. Assim que cursei o ensino médio, na época era o Magistério, comecei a dar aulas em escolas de educação básica. Mas só me descobri educadora e que gosta de ministrar aulas quando fiz a faculdade de Pedagogia. Então eu quis seguir a profissão. Fiz especialização, Mestrado e Doutorado e me tornei professora universitária, pesquisadora e extensionista. Pois tudo isso faz parte do trabalho do profissional da educação”.
Momentos marcantes
Para Ângela, nada marca mais do que ver a evolução de um aluno, principalmente quando é pesquisa, que o acompanhamento é mais longo: “Nesse caso, também poder ser consolo quando muitos estão fora de suas casas, sentindo a pressão de um final de curso. É realmente gratificante ver que quando saem para uma empresa e pegam um resultado de análise de solo, eles vão saber qual foi o processo utilizado para aquele resultado”, explica a técnica.
A professora Fran aponta que são duas coisas que marcam a trajetória dela como profissional da educação: “Uma é entender que a educação não se faz só com base no ensino em sala de aula, mas com tudo que envolve o fazer educativo, incluindo a gestão. Eu passei quatro anos na gestão do câmpus buscando continuamente alicerçar as bases da educação, que nada mais são que a melhoria da infraestrutura física dos espaços utilizados pela comunidade académica, como a saudável interação entres todos que ali convivem”.
Ela acrescenta que a segunda coisa que marca a sua trajetória é a aquisição de uma certa maturidade quando ao papel do educador: “Para mim, não é aquele que ensina, mas o que desperta. Nada me encanta mais nesta profissão do que contribuir para que o aluno se desperte como protagonista de sua própria construção de conhecimento. Ver um aluno fazer um bom TCC, uma monografia, uma dissertação, enfim, um bom trabalho de conclusão de curso, é o que me realiza e eu me sinto uma verdadeira profissional da educação”.
Pandemia
Com a pandemia da covid-19, que chegou ao Brasil no início de 2020 e até a presente data vitimou 561 mil brasileiros, as incertezas sobre a vida mexeu com tudo. A educação foi um dos setores mais prejudicados, com a interrupção das aulas presenciais e necessidade de adaptação dos profissionais e dos estudantes ao ensino remoto.
Ângela explica como tem sido o desafio de atuar durante a pandemia: “Depois do susto inicial com toda a situação, vi que dava pra ser útil à comunidade de outras formas, como por exemplo, fazendo álcool 70% para ajudar nas instituições de saúde, como o que fizemos em março do ano passado. Aos poucos as coisas foram se ajustando, os atendimentos à pesquisa voltaram, de uma forma mais limitada claro, com apenas duas pessoas por vez no laboratório”.
A técnica explica que teve de inovar nas suas atividades: “Com a volta às aulas de forma remota, outro desafio, fazer as aulas ao vivo, no "método" Ana Maria Braga, deixa uma parte pronta e vai fazendo novamente mostrando os passos. Mas sinceramente, nada disso é ruim. Ter podido continuar vindo à UFT e estar no Laboratório rotineiramente, faz todo o sentido pra mim”.
A professora Fran também comenta: “Eu diria que os educadores se superaram e souberam colocar em prática suas próprias teorias, ao buscarem estratégias para minimizarem os prejuízos causados pelo distanciamento social e educacional, e conseguirem fazer os pilares da educação avançar”.
Homenagem
Além de celebrar a vida e o trabalho dos profissionais da educação, aproveito este espaço para homenagear os servidores que não estão mais com a gente. Abaixo os nomes daqueles que fizeram suas passagens de 2020 até aqui. Gratidão!
ANDRE DE OLIVEIRA
ARY CARLOS MOURA CARDOSO
BERENICE FEITOSA DA COSTA AIRES
CELIA GONCALVES DO NASCIMENTO
CICERO VALDIER PEREIRA
ELSON COSTA SOUZA
ERNANE SOUZA JACOME
JOAQUIN EDUARDO MANCHOLA CIFUENTES
JOSE RAMIRO LAMADRID MARON
JUSCEIA GARBELINI
VERONICA DANTAS MENESES
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