Jogos Indígenas no Câmpus de Gurupi reuniu etnias tocantinenses e de outros estados

Por Glenda Barros | Revisão: Paulo Aires | Publicado: Quarta, 04 de Mai de 2022, 16h18 | Última atualização em Quarta, 04 de Mai de 2022, 16h53

Nos últimos dias do mês da Consciência indígena, o Câmpus de Gurupi da Universidade Federal do Tocantins (UFT) foi palco da primeira edição dos Jogos Indígenas de Gurupi e região, um evento desportivo e cultural que reuniu etnias tocantinenses e de outros estados, nos dias 29 e 30 de abril.

Segundo o diretor do Câmpus, Rodrigo Tavares, trata-se de uma iniciativa em parceria com Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Proex) e prefeitura de Gurupi. Essa ação segue a missão institucional da UFT e o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 16, da Organização das Nações Unidas (ONU), cujo intuito é “promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis”.

“Foi um trabalho coletivo com estudantes, professores, técnicos, lideranças indígenas e representantes governamentais. Conseguimos interagir, conhecer melhor os costumes de cada etnia, as crenças, os ritos, as pinturas corporais, a música e os esportes tradicionais dos povos indígenas”, explica Tavares.

A pró-reitora de extensão, Maria Santana Milhomem, frisa que mesmo com os obstáculos enfrentados a UFT garante a inclusão dos povos indígenas e comunidades quilombolas na academia. “Só tenho a agradecer, pois eventos assim nos deixam convictos em saber que podemos contar com os nossos servidores, estudantes e comunidade externa, ou seja, com a participação do tripé social da universidade”, agradeceu Santana.

A representante dos estudantes indígenas da Comissão organizadora, Marília Pôkwyj Krahô, comentou que, com os jogos no câmpus da universidade, a UFT abriu mais espaço para os estudantes indígenas. “Além da inclusão na universidade, recebemos a oportunidade de exercer nossas identidades culturais, compartilhar nossas modalidades esportivas e proporcionar uma interação social com as trocas culturais entre os estudantes e as comunidades não indígenas”, ressaltou.

As competições aconteceram entre equipes mistas, compostas por homens e mulheres indígenas de diversas etnias tocantinenses e de outros estados, além de atletas não indígenas, que se uniram para as competições de corrida com toras, arco e flecha, atletismo, futebol e cabo de guerra. O placar geral, alcançado com a somatória dos pontos entre as modalidades, ficou da seguinte forma:

1º Lugar