Quinta edição da Revista Amazônia Moderna está no ar
A quinta edição da Revista Amazônia Moderna já está disponível para acesso gratuito no Portal de Periódicos da Universidade Federal do Tocantins. A revista, que desde 2017 tem como objetivo disseminar conhecimentos sobre Arquitetura e Urbanismo na Amazônia, retomou suas atividades em junho de 2023 após uma pausa causada pela pandemia de COVID-19.
A Revista Amazônia Moderna se destaca por seu compromisso em fomentar o debate sobre arquitetura, vilas, cidades e territórios na região pan-amazônica. Esta vasta região engloba países como Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, além do território ultramarino francês, a Guiana Francesa. Através de artigos, resenhas e entrevistas, a publicação busca explorar os "sentidos de modernidade" dentro deste contexto, especialmente nos séculos XX e XXI.
Novidades na Política Editorial
A quinta edição marca a adoção de uma nova política editorial. A revista agora opera em um sistema de publicações em fluxo contínuo, eliminando chamadas em datas predefinidas. Essa mudança tem como objetivo acelerar o processo de publicação e acesso ao conhecimento, alinhando-se a práticas adotadas por diversos periódicos científicos renomados. Com a mudança, a edição continua anual, mas agora com a produção de dossiês temáticos.
Destaques da Quinta Edição
Esta edição apresenta um total de seis artigos, uma comunicação, uma entrevista e uma resenha de livro. Três dos artigos concentram-se no contexto da Amazônia brasileira, enquanto os outros três exploram perspectivas internacionais, com foco no Peru, Colômbia e Guiana Francesa. Vale destacar que dois desses artigos estão escritos em língua espanhola, reforçando a abrangência e diversidade da publicação.
Para se ter uma ideia, José Carlos Matos Pereira explora a "Presença indígena na cidade de Altamira (PA)", investigando a situação dos indígenas em meio à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Ele destaca os conflitos de interesse e as reivindicações das comunidades indígenas, incluindo a necessidade de um bairro étnico e garantias de direitos básicos.
José Carlos Huapaya Espinoza e Paola Estephania Barreto Alvarado oferecem reflexões sobre o bairro de Belén em Iquitos, Peru, explorando os conflitos entre o tradicional e o contemporâneo na arquitetura e urbanismo local ao longo do tempo. Dario Toscano, Gustavo Durán e Paz Santelices analisam a urbanização na região Pan-Amazônica, desafiando a visão fragmentada dos estudos urbanos e propondo uma abordagem mais integrada que considera a interconexão histórica e geográfica da região.
José Alberto Tostes foca na cidade de Caiena, Guiana Francesa, examinando seu contexto histórico, planejamento urbano e fragilidades, evidenciando a influência da colonização e a evolução urbanística da cidade. Rebeca Silva Nunez Lopes, José Júlio Ferreira Lima e Thales Barroso Miranda investigam a presença militar na Amazônia e seus impactos urbanos, com foco na ocupação do cinturão institucional de Belém durante os governos ditatoriais do século XX.
Além desses artigos, a edição também apresenta o Manifesto de Lançamento do Observatório das Cidades, Vilas e Territórios Amazônicos – AMAZONICIDADES, por Ana Claudia Duarte Cardoso e José Carlos Matos Pereira, abordando a urbanodiversidade e a necessidade de ampliar as conexões de saberes na região amazônica, além de da resenha do livro “Palmas, cidade neoliberal. Conflitos, produção de consensos e luta pela moradia” de Ana Carla de Lira Bottura, analisada por Olivia de Campos Maia Pereira. Por fim, uma entrevista com a arquiteta e urbanista Ana Claudia Duarte Cardoso, conduzida pela jornalista Glenda Barros, explorando sua trajetória e contribuições para os estudos urbanos na região amazônica.
Para os organizadores, a quinta edição da Revista Amazônia Moderna representa um passo significativo na promoção e difusão de pesquisas relevantes sobre arquitetura e urbanismo na região pan-amazônica. Com uma nova política editorial e uma seleção cuidadosa de conteúdos, a revista reafirma seu compromisso com a excelência acadêmica e o intercâmbio de conhecimentos entre pesquisadores e instituições da região.
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