Canguçu está com reservas abertas para atividades de ensino, pesquisa e extensão
Estrutura comporta grupo de até 25 pessoas, e está localizada numa das regiões mais bonitas e bem preservadas do Cerrado e Amazônia
Estrutura comporta grupo de até 25 pessoas, e está localizada numa das regiões mais bonitas e bem preservadas do Cerrado e Amazônia
O Centro de Pesquisa Canguçu - o observatório científico da Universidade Federal do Tocantins (UFT) - está com agenda aberta para professores e pesquisadores interessados em desenvolver atividades de ensino, pesquisa e/ou extensão no local. O Canguçu recebe visitantes o ano todo e as vagas, especialmente aos finais de semana, costumam ser bastante concorridas. O Centro de Pesquisa da UFT está localizado no município de Pium, em posição privilegiada: às margens do Rio Javaés e com vista para a maior ilha fluvial do mundo, a Ilha do Bananal.
Docente UFT, que tal programar logo uma visita com seus alunos ao Canguçu neste ano de 2024? Consulte a disponibilidade de vagas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou por mensagem via WhatsApp: 63 98124-9768.
As normas para a utilização do local (de hospedagem, segurança, alimentação e outras) também podem ser requisitadas pelos contatos disponibilizados. Já para tratar de deslocamento ao Canguçu utilizando-se veículo institucional, o docente responsável pela reserva deve contatar diretamente o Setor de Transportes de seu câmpus de vínculo e verificar os procedimentos.
"No Centro, também podem ser realizadas reuniões, seminários, cursos de formação e práticas integrativas abertas a todos os colegiados e setores administrativos da UFT e outras instituições interessadas. Quer saber o que mais pode ser feito? Agende uma visita, chame seus colegas, seus pares e até mesmo seus familiares, o Canguçu também está aberto para atividades de turismo sustentável", explica o coordenador do Canguçu, o professor Renato Pinheiro.
Palavra de quem conhece e recomenda o Canguçu
Gabriel: "Eu frequento o Canguçu há mais de quatro anos. Desde a primeira visita, sou muito bem acolhido pelo pessoal que trabalha lá no Centro, Roberto e Sulene, sempre receptivos. As acomodações são excelentes, limpas e frequentemente revisadas quanto à qualidade e integridade da estrutura. Quanto à biodiversidade, é um local imensamente rico, que me encantou desde o primeiro dia.
Em nossas pesquisas com as abelhas, o Canguçu é um ponto com uma enorme quantidade de espécies. O ambiente possui uma mata bem preservada e serve de local de pesquisa para vários profissionais, tanto da parte da flora quanto para os pesquisadores e observadores da fauna".
(Gabriel Imolesi é estudante do Curso de Engenharia Ambiental e jovem pesquisador do grupo científico BeeTech UFT).
Barthira: "Trabalhar na região do corredor Araguaia-Ilha do Bananal é uma experiência maravilhosa! Estive em campo coletando os dados para o desenvolvimento do meu projeto a respeito da ecologia reprodutiva de Melanosuchus niger (jacaré-açu) entre setembro de 2023 e janeiro de 2024, tendo recebido todo o apoio do Centro de Pesquisa Canguçu. Tive acesso a recursos e boa infraestrutura, além de contar com uma equipe de apoio compromissada e que me ajudou muito durante a minha estadia.
Também tive contato com diversos professores, pesquisadores e visitantes que passaram pelo Canguçu e, sempre que possível, eu proferia palestras e compartilhava conhecimento a respeito dos crocodilianos, especialmente sobre a preservação das Unidades de Conservação e a importância dessas áreas na conservação de espécies, não só dos jacarés, mas também da fauna e flora presentes nesses locais.
Trocar conhecimentos e experiências com colegas de diferentes áreas de especialização ampliou minha visão e me permitiu aprender muito além do escopo específico do meu projeto. Estar imersa na natureza e ter a oportunidade de contribuir para a conservação de espécies como os jacarés no Parque Nacional do Araguaia me trouxe uma conexão profunda com o meio ambiente e reforçou meu compromisso com a preservação da biodiversidade. Minha experiência no Canguçu foi a melhor possível, tive no Canguçu minha casa por alguns meses, e sou grata por todo o auxílio recebido. Se puderem, visitem e se conectem com esse local".
(Barthira Oliveira é mestranda no Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade, Ecologia e Conservação, da UFT).
Waldesse: "O Centro de Pesquisa Canguçu é um reduto de biodiversidade ainda pouco estudada e com enorme potencial para gerar conhecimento e oportunidades para formar novos pesquisadores. Desde a primeira vez em que estive no Canguçu, em que tive contato com aquela estrutura e com a possibilidade de fazer pesquisas lá, eu fiquei muito animado e, ao mesmo tempo, surpreso por ver como ainda é subutilizado em relação a tudo o que ele proporciona. Além da estrutura para receber os alunos, os pesquisadores, temos um ambiente único, uma oportunidade ímpar para se fazer pesquisas sobre flora, fauna, micro-organismos, pesquisas climáticas, entre várias outras.
O Canguçu está localizado numa região muito importante, na transição de dois biomas, e é perto da capital, Palmas. No Centro, já conheci vários outros pesquisadores, nacionais e estrangeiros. Acredite, nem mesmo o pessoal do sudeste do país tem esta estrutura que nós temos aqui, e de tão fácil acesso.
Desde 2017, desenvolvo um trabalho de pesquisa sobre abelhas no Canguçu, onde já identificamos mais de 80 espécies nativas, e ainda há muito mais a se explorar, estou certo de que ainda tenho muito material para coletar e estudar naquela região. O Canguçu é um local aberto a todos, com grande potencial para desenvolvimento de pesquisas de temáticas diversas. Nós, pesquisadores, precisamos aproveitar melhor esta oportunidade excelente e única que temos aqui, nas nossas mãos!".
(O professor Waldesse Piragé é vinculado ao curso de Engenharia Ambiental do Câmpus de Palmas e coordenador do BeeTech, grupo de pesquisa sobre abelhas nativas do Tocantins).
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