XII Simpósio de Educação do Câmpus de Palmas
Conforme a Constituição Federal de 1988, “é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
No entanto, a educação infantil, embora tenha mais de um século de história como cuidado e educação extradomiciliar, somente nos últimos anos foi reconhecida como direito da criança, das famílias, dever do Estado e primeira etapa da educação básica. E em função da curta experiência pedagógica da educação infantil como etapa de educação, se tem considerado nas pesquisas educacionais e na formação de professores a concepção genérica de criança. Todavia há especificidades no cuidar e educar do processo de crescimento e desenvolvimento infantis ao considerarmos que recém-nascidos compreende o período que vai do nascimento até um 1 mês de idade; que bebê é aquele entre o 2º e o 18º mês, e criança aquela entre 18 meses até 12 anos de idade.
Importante nesse processo compreendermos também que até os 18 meses, o bebê precisa ser cuidado pelos seus responsáveis e por profissionais, no atendimento de seu direito de crescer e se desenvolver, como, por exemplo: alimentar-se, engatinhar, andar e ser auxiliado nas demais necessidades fisiológicas e psicomotoras. As crianças recém-nascidas dormem praticamente 90% do tempo; nos 10% restantes, estão acordadas em função da alimentação. À medida que crescem, porém, os períodos de sono vão encurtando até atingir ritmo normal que se estabelece em torno dos 6 ou 7 meses de idade. Conforme a fonoaudiologia, por volta de aproximadamente dos 6 meses, o bebê já expressa os primeiros sons e balbucios.
Aos pedagogos se requerem formação e entendimento que a inserção do bebê na creche é um dos momentos importantes na vida deles e de seu responsável. Na maioria dos casos, é a primeira separação umbilical do bebê do(a) seu/a mãe/mãe ou pai/pai biológicos ou afetivos, demarcando também a sua interação com o mundo sócio interacional, assim como a sua iniciação no processo de construção de sua autonomia e conhecimento pessoal.
A brincadeira, o jogo e o brinquedo na creche, contribuem decisivamente para o processo de socialização. A inter-relação do bebê com o pedagogo e com os demais profissionais do centro de educação infantil é fundamental na constituição de vínculo no qual o bebê e a criança muito pequena tenham condições para crescerem, desenvolverem-se a aprenderem.
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